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terça-feira, 31 de maio de 2011

Síndrome de Rett

 Introdução

       A Síndrome de Rett é uma condição clínica que consiste no desenvolvimento de múltiplos déficits específicos após um período de funcionamento normal durante os primeiros anos de vida.        Apresenta características como desenvolvimento motor normal durante os primeiros 5 meses de vida, perímetro cefálico dentro dos padrões normais, porém entre os 5 e 48 meses, o crescimento craniano se desacelera, há uma perda das habilidades antes desenvolvidas, e muitos outros. É uma síndrome sem uma causa ou cura certa, seu tratamento se dá apenas através dos sintomas, para melhorar sua vida e atividades diárias, sendo feito por uma equipe multidisciplinar, dentre os quais está incluído o Terapeuta Ocupacional. 

Histórico

      A Síndrome de Rett foi descrita inicialmente por Andreas Rett, em 1966, até aquela data não havia se identificado esta doença, a partir de sua divulgação, alguns milhares de casos foram registrados até agora em todo o mundo. Após a descrição inicial, publicada em alemão, alguns anos se passaram até que Hagberg e colaboradores, em 1993 descreveram 35 pacientes afetados e somente então, a síndrome passou a ser mais conhecidas. No Brasil, os primeiros casos foram identificados por Rosemberg e colaboradores que publicaram suas observações em 1986 e 1987. (Gauderer, 2000).

Definição
    Síndrome de Rett trata-se de um distúrbio caracterizado pelo desenvolvimento de múltiplos déficits específicos após um período de funcionamento normal ao nascimento. (Dicionário de Terapia Ocupacional, 2006). Hoje é considerada uma desordem do desenvolvimento cerebral precoce, e não uma enfermidade degenerativa cerebral (PEREIRA).

Causas do transtorno

   “Do ponto de vista da genética, esta Síndrome permanece em parte um enigma, embora muito tenhamos avançado nos últimos anos na análise de casos familiares que, através de estudos de genética molecular, já nos permitem identificar a região cromossômica Xq2.8 como locus genético de um gene que causa a sindrome” (PEREIRA).

   Não existem achados laboratoriais específicos associados com o transtorno, pode haver uma freqüência aumentada de anormalidades do EEG e anormalidade inespecífica em imagens do cérebro. Dados preliminares sugerem que uma mutação genética é a causa de alguns casos de Transtorno de Rett. Os poucos casos necropsiados têm mostrado uma atrofia cortical moderada e uma diminuição no volume encefálico nos casos mais avançados. O mecanismo de transmissão tem sido objeto de inúmeros trabalhos não sendo, ainda, bem conhecido.

Quadro clínico

    Nos casos clássicos, a condição se manifesta em uma seqüência tão habitual e sistemática que Hagberg e Witt-Engerstrom (1996) dividiram-a em quatro estágios clínicos característicos:


1º Estágio – desaceleração precoce

Inicio: 6 -18 meses Duração: meses
Parada no desenvolvimento;
Desaceleração do crescimento craniano/cerebral;
Desinteresse nas brincadeiras;
Hipotonia muscular;                                                                                       

2º Estágio: rapidamente destrutivo:

Inicio: 1- 3 anos Duração: semanas ou meses
Rápida regressão no desenvolvimento com irritabilidade;
Perda do uso práxico das mãos;
Crises convulsivas;
Estereotipias das mãos: esfregar, “lavar”, levar à boca;
Manifestações autísticas;
Perda da linguagem expressiva;
Insônia;
Auto-agressão;                                                                                    

 3º Estágio – pseudo-estacionário

Inicio: 2-10 anos Duração: meses-anos
Retardo mental severo/demência;
Melhora nas características autisticas;
Crises convulsivas;
Estereotipias típicas das mãos;
Apraxia e ataxia;                                                                  
Espasticidade;
Hiperventilação, perda do fôlego, aerofagia;
Apnéia em vigília;
Perda de peso apesar de excelente apetite;
Escoliose;
Bruxismo;

 
4ª Estágio – da deterioração motora tardia

Inicio: 10 anos Duração: anos
Sinais combinados de lesão do neurônio motor central e periférico;
Escoliose e atrofia muscular além de rigidez progressiva;
Mobilidade diminuída/uso de cadeira de rodas;
Retardo no crescimento;
Melhora no contato visual;
Olhar fixo, intenso;
Linguagem expressiva / receptiva praticamente ausente;
Distúrbios tróficos dos pés;
Melhora nas manifestações epilépticas;

     O diagnóstico da S.Rett é, até o presente momento, baseado nas manifestações clínicas,por não haver um marcador biológico e a investigação, com exames laboratoriais serve, basicamente, para excluir outras possibilidades, em especial durante os estágios iniciais, quando um diagnóstico diferencial com outras encefalopatias poderá ser mais difícil, necessário e até vital (Pereira). As técnicas de diagnóstico por imagem, como a tomografia computadorizada e ressonância magnética podem demonstrar alguns poucos sinais inespecíficos, como atrofias cerebrais. O EEG, que é normal no inicio da moléstia, no estágio I vai demonstrando anormalidades progressivas com o evoluir do quadro. Existem alguns critérios que devem ser preenchidos para se fazer o diagnostico da S.Rett, (estes critérios foram definidos por Rett Syndrome Diagnóstic Criteria Work Group, 1988), são eles:

 - Período pré e perinatais aparentemente normais;
 - Desenvolvimento psicomotor aparentemente nos primeiros seis meses de vida;
 - Perímetro cefálico normal, ao nascimento;
 - Desaceleração do desenvolvimento craniano entre cinco meses e quatro anos;
 - Perda dos movimentos voluntários das mãos entre 6-30 meses associada à disfunção na comunicação e isolamento social;
 - Desenvolvimento de severo prejuízo na linguagem expressiva e receptiva e presença de severo retardo psicomotor;
 - Movimentos estereotipados das mãos, como contorções, aperto, bater palmas, colocar as mãos na boca e movimentos de “lavar as mãos”, surgindo após perda das habilidades práxicas;
 - Apraxia da marcha e ataxia /apraxia do tronco entre 1-4 anos de idade.
 - Diagnóstico de suposição até os 2-5 anos de idade;

     Além dos critérios necessários, existem ainda os critérios adicionais que servem de suporte, como disfunção respiratória, crises convulsivas e retardo no crescimento, entre outros, e os critérios de exclusão: microcefalia ao nascimento, retinopatia ou atrofia óptica e desordem neurológica resultante de infecções severa ou de trauma crânio-encefálico… que deverão ser usados dependendo de certas particularidades dos casos e principalmente, da época em que o paciente é recebido para  avaliação. Existe também o diagnóstico diferencial na S.Rett, que vai auxiliar a diferenciar a S.Rett de outras síndromes com características semelhantes em alguns estágios como o Autismo, Transtorno Desintegrativo da Infância Angelman e Asperger.

Prognóstico

     A sobrevida dos portadores da SIndrome de Rett pode ser limitada por algumas das possíveis complicações da condição, porém conhece-se, hoje, várias pacientes já na quarta e quinta décadas de vida.

Tratamento

    Atualmente, o tratamento que se oferece as portadoras desta sindrome, é sintomático e visa minimizar os prejuízos, prevenir alguns e melhorar a qualidade de vida. O programa de Fisioterapia serve para melhorar a força, evitar deformidades e desenvolvimento da escoliose, a Fonoaudiologia , melhorar os hábitos de mastigação, deglutição e a Terapia Ocupacional deverá tentar manter ou desenvolver novamente as atividades práxicas das mãos, bem como desenvolver as atividades de vida diária, promover o máximo de independência possível e orientar os familiares e educadores quanto à melhor forma de ajudar e lidar com a pessoa com S. Rett.

Conclusão

   Sobre a Síndrome de Rett, faz pouco tempo que se tomou conhecimento a ponto de poder diagnosticá-la e diferenciá-la de outras síndromes, ela tem características semelhantes a vários outros distúrbios podendo às vezes ser confundida, assim como tem características próprias e apesar de não haver um tratamento específico, é possível trabalhar para melhorar a vida de portadores atuando sobre os sintomas e a Terapia Ocupacional pode não apenas participar deste trabalho, mas fazer uma grande diferença para os portadores da síndrome assim como para sua família.

domingo, 29 de maio de 2011

Síndrome de Down

        Em 1866, John Langdon Down notou que havia nítidas semelhanças fisionômicas entre certas crianças com atraso mental. Com a identificação da anomalia cromossómica que é a causadora desta síndrome, começou-se gradualmente a usar a terminologia trissomia 21 ou Síndrome de Down, deixando de suscetibilizar e estigmatizar os seus portadores.
         Esta síndrome é a causa mais comum de atrasos de desenvolvimento psicomotor (cerca de 1/3 dos casos), aparece em todas as raças com uma incidência de cerca de 1 para 800 nascimentos. O aumento da incidência com a idade da mãe é bem conhecido, no entanto, a maioria das crianças são filhas de mães com mais de 35 anos, a explicação reside no fato de haver muito mais gravidezes neste grupo etário do que no grupo com menos idade, e de se oferecer, de um modo geral, o diagnóstico pré-natal às grávidas com mais de 35 anos. Assim,  todo o casal, no qual a mãe tenha mais de 35 anos, deverá consultar um geneticista logo que tomar conhecimento da gravidez, pois no princípio já realizam-se exames que indicam se o feto tem ou não Síndrome de Down.
   
          Há 3 tipos principais de anomalias cromossómica ou variantes, da síndrome de Down, que são:

a) A maioria (93-95%) tem trissomia 21 livre;

b) A translocação aparece em 4-6% dos casos. A maioria tem os braços compridos do cromossoma supranumerário ligados aos cromossomas 14, 21 ou 22. Os pais destas crianças devem fazer um cariotipo pois 1/3 deles podem ser portadores; e

c) Cerca de 1-3% das crianças com síndroma de Down têm mosaico (nem todas as células estão atingidas).
 
          Síndrome de Down é um erro genético que se caracteriza principalmente por uma alteração cerebral que leva a um comprometimento intelectual e a problemas motores. Esta é causada por uma anomalia genética que pode ocorrer no óvulo, no espermatozóide ou após a união dos dois (ovo). Na Síndrome de Down há um cromossomo a mais. Por isso ela é também conhecida como trissomia 21, já que este cromossomo extra é de número 21.
          A pessoa com síndrome de down é identificada por sempre ter olhos puxados, língua parecendo ser demasiadamente grande para a boca, as orelhas são pequenas e às vezes têm uma parte um pouco dobrada, o  nariz é achatado e largo, algumas vezes têm uma prega única na palma da mão e o dedo do pé mais afastado dos demais. O recém-nascido tem uma hipotonia (flacidez muscular), e freqüentemente têm baixa estatura na primeira infância. Existem vários outros sinais físicos, mas que variam de pessoa para pessoa.
        A deficiência mental se manifesta na síndrome de down, basicamente  por uma dificuldade no ritmo do aprendizado, tanto das atividades da vida diária, quanto da escolaridade. A pessoa não aprende com a mesma rapidez das outras. 
        Os principais problemas de saúde de uma pessoa com Síndrome de Down são problemas cardíacos, freqüentemente, podem ser resolvidos por meio de cirurgia, resfria-se com mais facilidade e é suscetível a bronquites e pneumonia, alguns têm desenvolvimento anormal do intestino e outros possuem problemas dermatológicos.
           Síndrome de Down não tem cura, pois trata-se de uma alteração genética inalterável por qualquer droga, remédio ou técnica. Pesquisas têm sido desenvolvidas nesse sentido, mas nenhum resultado foi encontrado. 
            Ao nascer, uma criança com Síndrome de Down, além do acompanhamento pediátrico normal, é necessário que lhe ofereça orientação de geneticista e de outros eventuais especialistas. Além disso, a criança deve ser submetida a um tratamento através de estímulos ( terapia ocupacional ) entre outros que minimizarão os efeitos das alterações neuro-motoras e fonoarticulatórias. Este tratamento deve iniciar-se tão logo seja diagnosticada a Síndrome e precisa ser desenvolvido por equipe integrada de Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta, Fonoaudiólogo e Psicólogo, que irão estimular a criança para que tenha um melhor desenvolvimento motor e intelectual. É importante não se perder de vista a família e as dificuldades que enfrenta desde o nascimento de seu filho. Sabe-se que as crianças que estão desde o nascimento se submetendo a esses tratamentos têm melhoras em seu desempenho, e que contribui muito na vida adulta, então, o objetivo do tratamento é colaborar para acelerar e melhorar as condições motoras e intelectuais do portador da Síndrome de Down.
           A pessoa com esta síndrome, pode e deve como qualquer outro aluno ter o direito de ser escolarizado, da infância à idade adulta, entre os seus pares, da mesma idade e no ambiente regular do ensino, pois é ideal para a estimulação do seu desenvolvimento. Os serviços de acompanhamento especializado nas demais áreas do desenvolvimento devem complementar a educação escolar dessas pessoas, e a Terapia Ocupacional têm um papel bem importante nesta fase de escolarização e/ou trabalho quando já adulto que é a inclusão social pois facilita a oportunidade de ser aceito no ambiente escolar e/ou universitário e proporcionará o encaminhamento deste ao mercado de trabalho, possibilitando-lhe a conquista de sua autonomia e a construção da própria cidadania.
            Assim, como a inserção da pessoa portadora de Síndrome de Down no mercado de trabalho é a principal forma de efetivar a construção de sua cidadania, não se deve limitar, a priori, campos de atividades nos quais essas pessoas poderão ser profissionalmente habilitadas, pois como qualquer outra pessoa "normal" a pessoa com síndrome de down é muito habilidosa e talentosa, porém no seu ritmo um pouco mais lento. O bom desempenho, já comprovado em microfilmagem (RN), artes gráficas (MG e RN), auxiliares de classe (SP), atores (RJ), prestadores de serviço em fast-food e boutiques (SP e RJ), estes são exemplos de engajamento profissional quando as oportunidades lhes são oferecidas. Cuidando desde cedo da estimulação e da educação, os limites dessas pessoas poderão ser ampliados e reforçadas as suas potencialidades. 
              



           
                                "A maior limitação para que os portadores de Síndrome de Down se tornem adultos integrados, produtivos, felizes e independentes não é imposta pela genética, mas sim pela sociedade".

sábado, 28 de maio de 2011

Como tornar seu dia a dia bem-melhor - desde a hora que ele começa


Ao Acordar, não desperte só sua mente, aproveite e alongue- se ainda na cama. Sente-se e mexa com cada articulação em movimentos rotatórios ou de flexão e extensão. Dê bom dia ao seu corpo também e você verá como seu despertar será bem mais agradável.

Tome pelo menos de um a dois copos de água em jejum. Nosso corpo é composto 70% de água e vai lhe agradecer se você tiver este carinho com ele. Rins e intestino funcionam melhor se bem hidratados e a pele ganha mais brilho e elasticidade.

 No chuveiro, enquanto a água cai, feche os olhos e imagine-se embaixo de uma cachoeira e veja de que cor ela é. Este é um exercício para seu cérebro intuitivo. Imagine que a cor que vier está lhe nutrindo do que você necessita. Procure comer algo ou colocar uma peça de roupa com esta cor também. Você vai se sentir mais completo e radiante. Experimente.

 Vista-se com roupas e sapatos confortáveis. Não esqueça de que você ficará muito tempo de seu dia sentado e em ambiente fechado. Sapatos e roupas apertadas podem deixá-lo de mau humor sem que você identifique a causa.

Crie, a cada dia, uma forma própria de levar a vida de uma forma mais leve, de modo a aprender com seus erros, a pensar positivamente frente a qualquer dificuldade, a estar presente e inteiro em tudo o que faz.

A média dos seres humanos pensa mais ou menos 60.000 pensamentos por dia – e o que é pior é que 95% dos pensamentos que você teve hoje são os mesmos que você teve ontem.
Somos vítimas dos nossos pensamentos. Que tal nos tornarmos cocriadores de nossa realidade de uma forma mais consciente e tornarmos nossos pensamentos mais sadios?

 Evite usar drogas lícitas (fumo, álcool, cafeína, calmantes etc) ou ilícitas que venham a entorpecer ou a estimular o seu corpo a ser diferente e a estar em uma sintonia diferente de sua natureza. Assim será muito mais difícil você conseguir “ouvir” os recados de alerta de seu organismo.

Busque momentos de serenidade, e de paz a cada dia. Sente-se por algum tempo com a coluna ereta e os olhos fechadosnatentativadesilenciaraquelas vozes que atrapalham. Todos os devo fazer” tomam o lugar da nossa espontaneidade e criação. Ficar consciente e acompanhando o fluxo da respira ção nos traz para este espaço, alivia o estresse e a ansiedade e nos fixa no presente – tempo em que temos possibilidades infinitas de ação. 
Ouvir música relaxante, fazer yoga, tai-chi e meditação estão nesta linha e ajudam muito a nos conhecermos melhor.

Durante o dia continue bebendo muita água – pelo menos 1,5 l por dia, coma frutas, legumes, verduras, saladas. Evite carne vermelha, gorduras, doces em excesso. Você vai se sentir mais leve, mais atento aos seus afazeres, com maior vitalidade. Não só o número de pensamentos como a qualidade deles é proporcional à qualidade e quantidade de alimentos que você ingere.

Faça alguma atividade física de maneira regrada, pelo menos duas a três vezes na semana que se encontre dentro de seu estilo: que seja caminhar, dançar, fazer musculação, hidroginástica etc. O importante é você ter prazer com a sua atividade física. Isto vai lhe ajudar a liberar toxinas, aliviar o estresse mental, melhorar seu desempenho físico e aliviar a sobrecarga sobre seu sistema emocional.

 Grande percentagem das doenças psicossomáticas, em constante aumento no ocidente, resultam do sedentarismo e do estresse a que é submetido o funcionário em seu ambiente de trabalho.

À noite, alimente-se de coisas mais leves ainda e deite, se possível, somente duas horas após a refeição. É importante fazer a digestão antes de dormir. Muitos casos de insônia decorrem do uso de comidas em excesso e com alto valor calórico e do uso à noite de substâncias que ativam o cérebro como o fumo.

 Por fim, deite-se e alongue-se novamente, faça um balanço do seu dia, das suas alegrias, das suas dificuldades. Agradeça não só suas alegrias, mas também suas dificuldades - nelas estão suas reais chances de aprendizado e mudança.

E amanhã? O amanhã ainda não chegou.
 
Sinta a vida como um fluxo, desapegue-se do passado, não se preocupe com o futuro. 

Proponha-se a novos aprendizados, à novas mudanças em direção à sua saúde e ao
 seu bem-estar.



Aproveite ao Máximo a sua vida

         
        Aproveitar a vida, um amor, um beijo, um dia de sol, um dia de chuva, um bom emprego, um final de semana prolongado, uma música, enfim, aproveite tudo que o universo tem a lhe oferecer. Aproveitar ao máximo? Você pode estar se perguntar: como aproveitar ao máximo estando cheio de problemas? Sejam os problemas corriqueiros, os problemas comuns do cotidiano ou até mesmo aqueles problemas complicados que parecem não contarem com uma solução, onde faz com que você não consiga se desligar do mesmo, sabe de uma coisa? Aproveite ao máximo.
     É de extrema importância que você saiba aproveitas as oportunidades, visando às possibilidades mesmo estando distante e diante de barreiras. Tente visualizar uma ponte a frente do abismo, isso é se entregar, sentir no fundo da alma, se entregar, enfim, seja o que for é aproveitar ao máximo. Permita que a vida aconteça em todos os momentos, deixe os sentimentos fluírem, deixe sua emoção extravasar, sinta toda sua amplitude. Esta parece uma tarefa fácil quando está tudo bem na vida, não? Mas e quando os problemas aparecem? E diante das dificuldades e lutas?        Estes são os melhores momentos para que você possa aproveitar ao máximo sua vida, isto é, aproveitando de sua dor para que a mesma lhe prepare a felicidade logo depois, aproveitando suas lutas para que a mesmas lhe prepare as conquistas e vitórias posteriores. Assim também aproveite suas derrotas para que você obtenha o aprendizado da vida, aproveitando suas lágrimas para que posteriormente elas lhe tragam um belo sorriso. Por fim, aproveite ao máximo a solidão para que você descubra qual é sua maior e melhor companhia, isto é, você.
        Aproveite ao máximo tudo na vida, sendo que viver intensamente significa estar de bem com o Universo e com tudo aquilo que ele lhe proporciona. Viver ao máximo significa que você está pronto para ver a manifestação da vida, não importando como ela venha, você estará ciente de que todas as ações resultam em reações, seja elas boas ou ruins, mas isso depende apenas de você. Desta forma, as lagrimas, as dores, os tropeços da vida, enfim, são nada mais do que resultados de atitudes mal pensadas e decisões tomadas por impulso, então, seria um castigo? Não, apenas são resultados de suas precipitações e vivacidade. Assim, abara os braços para os resultados de suas ações aceitando-as como uma grande lição que a vida está lhe oferecendo agora, e sempre agradeça.

       Lembre-se de que só é mostrado o caminho a aquele que tem a capacidade de seguir a trilha, assim se o Universo está te ensinando algo, mesmo de forma dolorosa, significa que no passado você tenha escolhido o caminho mais complicado, mas há formas plenas de voltar e fazer do forma mais rápida, coerente, eficiente e até mesmo mais feliz para a sua experiência de vida. Por isso, é importante que você viva ao máximo, se entregando para o novo, captando tudo ao seu redor, aproveitando cada segundo de suas ações, isto é, viva ao máximo e seja feliz agora!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Mal de Alzheimer e Terapia Ocupacional

            
    O Mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que ainda não tem cura, mas existe tratamento que retardam e controlam os sintomas da doença. No mundo o número de portadores de Alzheimer é cerca de 25 milhões, com cerca de 1 milhão de casos no Brasil.   O Alzheimer compromete o cérebro causando: diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento e alterações comportamentais. As causas da doença ainda não são conhecidas mas sabe-se que existem relações com certas mudanças nas terminações nervosas e nas células cerebrais que interferem nas funções cognitivas e também alguns fatores: aspectos neuroquímicos, ambientais, infecciosos e pré-disposição genética. 
    O estabelecimento da doença geralmente ocorre após os 55 anos de idade, aumentando em freqüência com o avanço da idade, é a principal causa de demência nos idosos. Podemos classificar e doença em quatro fases:
 
Primeira fase: Os sintomas são considerados como normais com o envelhecimento ou aborrecimento e estresse;

Segunda fase: Considerada a demência inicial, onde os sintomas como esquecimento e dificuldade de reconhecer coisas e objetos aumentam;

Terceira fase: Nessa fase, os problemas de memória pioram e o paciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos;

Quarta fase: Fase em que o paciente está completamente dependente das pessoas que tomam conta dele e a fala fica muito comprometida.


      O tratamento é feito para minimizar os sintomas como foi mencionado anteriormente, alguns remédios são utilizados como os antipsicóticos que podem ser recomendados para controlar comportamentos agressivos ou deprimidos, também pode ser feito terapia ocupacional ( pois atua na promoção e manutenção da saúde restaurando e/ou reforçando as capacidades funcionais, facilitando o aprendizado de funções essenciais e desenvolvendo habilidades adaptativas. Seu trabalho visa auxiliar o indivíduo a atingir o grau máximo possível de autonomia no ambiente social, doméstico, de trabalho e de lazer, tornando-o produtivo na vida de relações. Ele orienta o paciente nas AVDS, AIVDS, assim como orienta familiares e/ou cuidadores a respeito da doença); a fisioterapia ( colabora na diminuição do avanço da doença, no aspecto motor, minimizando  quedas, danos motores dos pacientes trabalhando o equilibrio e a força muscular).

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Dislexia...

            
  Dislexia é uma dificuldade primária do aprendizado abrangendo: leitura, escrita, e soletração ou uma combinação de duas ou três destas dificuldades. Caracteriza-se por alterações quantitativas e qualitativas, total ou parcialmente irreversíveis, é o distúrbio (ou transtorno) do aprendizado mais freqüentemente identificado na sala de aula e está relacionado, diretamente, à reprovação escolar, sendo causa de 15 % das reprovações. Em nosso meio, entre alunos das séries iniciais (escolas regulares) têm sido identificados problemas em cerca de 8 %. Estima-se que a dislexia atinja 10 a 15 % da população mundial
     Esta tem sido relacionada a fatores genéticos, acometendo pacientes que tenham familiares com problemas fonológicos, mesmo que não apresentem dislexia, as alterações ocorreriam em um gene do cromossomo 6 . A dislexia, em nível cognitivo- lingüístico, reflete um déficit no componente específico da linguagem, o módulo fonológico, implicado no processamento dos sons da fala. Uma criança que tenha um genitor disléxico apresenta um risco importante de apresentar dislexia, sendo que 23 a 65 % delas apresenta o distúrbio. 
        Um gene recentemente relacionado com a dislexia é chamado de DCDC2. Segundo o Dr. Jeffrey R. Gruen, geneticista da Universidade de Yale, Estados Unidos, ele é ativo nos centros da leitura do cérebro humano. Outro gene, chamado Robo1, descoberto por Juha Kere, professor de genética molecular do Instituto Karolinska de Estocolmo, é um gene de desenvolvimento que guia conexões, chamadas axônios, entre os dois hemisférios do cérebro. 
         Pesquisadores dizem que um teste genético para a dislexia pode estar disponível dentro de um ano. Crianças de famílias que têm história da dislexia poderão ser testadas. Se as crianças tiverem o risco genético, elas podem ser colocadas em programas precoces de intervenção.
         Sinais indicadores de dislexia: dificuldade em ler, escrever e soletrar mostra-se por dificuldades diferentes em cada faixa etária e acadêmica.
           Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnóstico multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam a dislexia. Os sintomas podem ser percebidos em casa mesmo antes da criança chegar na escola. Uma vez identificado o problema de rendimento escolar, deve-se procurar ajuda especializada. 
             A equipe multidisciplinar, incluindo Psicólogo, Terapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogo e Psicopedagogo Clínico inicia investigação detalhada e verifica a necessidade do parecer de outros profissionais, como Neurologista, Oftalmologista e outros, conforme o caso. É muito importante o parecer da escola, dos pais, o levantamento do histórico familiar e a evolução do paciente. Outros fatores deverão ser descartados, como déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são conseqüências, não causa da dislexia). 
            A equipe multidisciplinar deve verificar todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia.  Essa avaliação é importante tanto na identificação das causas das dificuldades apresentadas, quanto permite orientar o encaminhamento adequado para o caso individualizado. 
            O diagnóstico deve ser realizado por profissional (ais) treinado (s), empregando-se uma série de testes e observações, em geral, trabalhando em equipe multidisciplinar, que analisará o conjunto de manifestações de dificuldades.
            Testes auditivos e de visão podem são os primeiros a serem solicitados. Entre as avaliações mais solicitadas encontram-se testes:  Cognitivos, inteligência, Memória auditiva e visual, Discriminação auditiva e visual, Orientação, Fluência verbal e testes com novas tecnologias.
              Terapia Ocupacional no tratamento da dislexia
             A importância do profissional de Terapia Ocupaiconal (TO) no tratamento de crianças
portadoras de dislexia é muito importante, pois verificou-se que por meio da ludicidade é que proporciona a evolução no processo ensino-aprendizagem. Este facilita a aquisição de habilidades e requisitos principais para o aprendizado.

 

 

quarta-feira, 25 de maio de 2011

A contribuição da Terapia Ocupacional no tratamento da dor

           
           A dor está presente em grande parte das queixas em relação à saúde que levam as pessoas a buscarem tratamento. Se apresenta de diversas formas, desde dores agudas que somem com o uso de medicamentos, repouso ou outro cuidado simples, até dores crônicas, insistentes e incapacitantes. Algumas vêm secundárias a outras patologias, como por exemplo, a dor no ombro e mão de pacientes após um acidente vascular encefálico, outras apresentam-se como sintomas da patologia principal, é o caso da dor das tendinites, mas também há aquelas dores sem causa aparente, que são persistentes.
          Hoje existem muitos recursos eficientes na luta contra a dor, muitas pessoas buscam tratamentos dentro das opções e obtêm sucesso, já outras têm que conviver com a dor crônica que pode se apresentar de diversas formas, intensidade, localização e pode chegar a ser incapacitante. É principalmente quando a dor se torna promotora de incapacidade que a terapia ocupacional é mais importante.            A terapia ocupacional auxilia nas mudanças de hábitos e criação de adaptações ambientais capazes de diminuir o contato da pessoa com a situação, postura ou condição causadora ou agravante da dor. Seu trabalho não intenciona acabar com a dor, mas uma vez que é papel desta especialidade da área da saúde buscar junto com seus pacientes, alternativas para independência, bem-estar e desempenho eficiente das atividades de vida diária, trabalho e lazer, a intervenção da profissão é muito importante nestes casos.             É importante salientar que o simples fato de se poder encontrar um espaço onde se possa dizer da existência da dor e onde a dor é reconhecida como uma queixa real, já trás alívio e suporte no enfrentamento do sofrimento.
           Sofrimento que se amplia a cada vez que a pessoa se submete a consultas, exames, testes, e diagnósticos que muitas vezes não encontram a causa da dor ou que constatam que se trata de uma dor psicogênica. J. D. Nasio, em seu livro A dor Física, define a dor psicogênica como uma dor sentida no corpo mas que não possui causa orgânica detectável. Ele ressalta que não se trata de uma invenção do paciente, a dor psicogênica é uma dor realmente sentida. Geralmente o paciente não entende como que, se a dor não tem causa, ela persiste. Ele sofre, se sente desamparado e acaba se apegando ao pensamento de que existe um erro e de que este erro é dele próprio. 
          O tratamento terapêutico ocupacional se inicia identificando a história da dor e o caminho percorrido pelo paciente na tentativa de se livrar dela. Em casos de dores agudas com prognóstico rápido de alívio são realizadas orientações especificamente voltadas para repouso e alternativas para se poupar a região dolorida.
            Nas dores crônica, é necessário um acompanhamento um pouco mais extenso onde se analisará as condições domésticas e de ambiente de trabalho para identificação das condições promotoras de dor. Identificadas as questões carentes de intervenções, orientações ergonômicas, ou seja, auxílio para organização do ambiente, serão ministradas. Mudanças em tipo de assentos, altura e distância da televisão, monitor e teclado do computador, mesas, escrivaninhas, prateleiras, organização e manipulação dos potes de mantimento e produtos de higiene e limpeza, maçanetas de portas, torneiras, calçados e colchões, podem fazer toda diferença no controle da dor. Pode haver necessidade de modificação de cabos de talheres, pentes, escovas e outros utensílios, da forma de dormir, etc. É necessário avaliar as necessidades de cada pessoa.           Mas o tratamento começa muito antes do processo de mudanças físicas, se inicia no momento em que se acolhe o paciente e ele percebe que a sua dor existe mesmo que os exames digam o contrário e que pode ser tratada com abordagens concretas no ambiente e nele próprio. O terapeuta ocupacional tem uma formação abrangente e, portanto, um bom entendimento da importância do trabalho multidisciplinar, sendo capaz de orientar o paciente em sua necessidade de auto-organização e organização do seu tempo para busca de soluções, além de busca de informações sobre as opções de tratamento que muitas vezes ele não consegue compreender ou identificar: atividade física, alternativas de lazer, intervenção fisioterápica, promoção de relaxamento, massoterapia, acupuntura, acompanhamento psicoterápico, especialidades médicas ...

terça-feira, 24 de maio de 2011

O brincar como recurso terapêutico ocupacional

           

          O brincar é um valioso recurso terapêutico. Em nossa prática diária nos deparamos com crianças com algum tipo de limitação seja ela física, motora ou cognitiva, muitas vezes são crianças privadas de desenvolver sua principal atividade da infância que é o brincar por inúmeros motivos, entre eles superproteção dos pais, exigência para cumprir compromissos incluindo aprendizagem precoce e engajamento em atividades extra-escolares, em classes mais baixas não é difícil encontrar criança submetida ao trabalho infantil para completar o orçamento familiar assumindo assim responsabilidade acima do esperado para sua idade ou até mesmo por os pais desacreditarem de suas crianças achando que não são capazes de realizar essa atividade tão importante que é o brincar.           É através do brincar que a criança irá mostrar suas possibilidades e limitações cabendo ao terapeuta ocupacional avaliar qual tipo de atividade a criança é apta a desenvolver de acordo com sua faixa etária. 
          Utilizamos a forma lúdica de tratar por ser o brinquedo o objeto que mais atrai a atenção da criança sendo a ferramenta utilizada em nossas atividades. Dependendo da proposta apresentada o brinquedo desperta a curiosidade, e estimula a criatividade, a criança é submetida a motivação e ao desafio. Atividades que exijam participação ativa da criança é muito importante para que vivencie diferentes experiências, só que nem sempre a criança é capaz de realizar sozinha atividade necessitando então de estímulo e total monitoramento do terapeuta facilitando de acordo com suas possibilidades.       O brinquedo ajuda no desenvolvimento da aprendizagem, no desenvolvimento da inteligência(estimulando atenção e concentração), no desenvolvimento da linguagem(o contato com diferentes objetos e diferentes situações estimula a linguagem interna e aumenta o vocabulário e o entusiasmo da brincadeira faz com que a linguagem verbal se torne mais fluente e haja maior interesse pelo conhecimento de palavras novas), no desenvolvimento da sociabilidade(brincando, a criança desenvolve seu senso de companheirismo, jogando com companheiros, aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando entender regras e conseguir uma participação satisfatória).
         Diante do exposto não resta dúvida que a brincadeira é essencial na infância, significa, para a criança, o mesmo que o trabalho representa para o adulto sua principal atividade. 

       Brincar é próprio da criança, não as privem da brincadeira elas precisam dessa vivência pois é o alicerce da sua formação até a idade adulta. A forma, qualidade, quantidade e característica do brincar serão definidos, em função do tempo e do espaço destinado, para a brincadeira acontecer. Faz-se necessário uma compreensão maior de todos os envolvidos na reabilitação da criança sobre este processo para que juntos, profissional, família e sociedade acolham melhor crianças com dificuldade de adaptação ou que por alguma limitação não estejam vivenciando essas experiências tão proveitosas e necessárias ao seu desenvolvimento, pois é pelo fazer (brincar) que a criança entra em contato com o ambiente, explora os objetos do mundo físico, desenvolve nível mental, afetivo e social.
    Vivência do brincar saudável não garantirá que a criança esteja livre de angústias e das mazelas da vida. Mas, certamente, propiciará descobertas, construção e reconstrução de relações; fortalecerá sua crítica, preservando a capacidade de ser criativo e de ser capaz de transpor barreiras e encontrar soluções por isso: ESTIMULE O BRINCAR DO SEU FILHO.

sábado, 21 de maio de 2011

Terapia Ocupacional e a utilização da terapia assistida por animais (TAA) com pessoas que têm problemas físicos ou mentais e também crianças e adolescentes institucionalizados

   A convivência de animais domésticos com o homem contribui positivamente para o bem-estar e para a auto-estima do ser humano. A relação homem-animal traz inúmeros benefícios e uma visível melhora na qualidade de vida, proporcionando a diminuição da pressão sanguínea, dos níveis de colesterol e do estresse, além de reduzir o risco de problemas cardiovasculares.     Estudos demonstram que o contato com animais aumenta a produção de endorfina no organismo, ajudando a minimizar os efeitos da depressão; diminui a percepção da dor e a ansiedade; e aumenta as células de defesa.     Diante dos benefícios promovidos pelo convívio com animais domésticos, surgiu há alguns séculos a Terapia Assistida por Animais (TAA). Este tipo de terapia se originou no Retiro York em 1792, uma instituição mental localizada na Inglaterra, os pacientes dessa instituição conseguiam interagir com os animais como reforço positivo ao tratamento que recebiam. 
    Em 1942, Terapeutas Ocupacionais perceberam os benefícios da TAA em pacientes com desordens mentais e físicas e a partir dos anos 80, relevantes pesquisas científicas emergem provando o benefício à saúde humana, a partir da interação com animais, espalhando-se rapidamente no Reino Unido, Estados Unidos e na Europa Continental, no Brasil a prática se iniciou com a Drª Nise da Silveira, utilizando cães e gatos nos processos de terapêutica ocupacional.
    A lista de doenças que podem ter os efeitos amenizados pela TAA é extensa, vai de depressão, estresse e deficiência visual, auditiva e mental, síndrome de Down, mal de Parkinson, passando por vítimas de traumatismo crânio-encefálico, paralisia cerebral, mal de Alzheimer, autistas, vítimas de abuso sexual, problemas psicológicos, de relacionamento e interação social.
   Turner descreve que: “A companhia de animais beneficia não apenas deficientes ou portadores de doenças graves, mas também o cidadão comum, seja qual for sua renda familiar (...). A Terapia Assistida por Animais representa uma tremenda economia para a saúde pública e obtém sucesso até nos casos em que métodos tradicionais de tratamento falharam”.
     São utilizados todos os tipos de animais que possam entrar em contato com os humanos sem oferecer-lhes perigo como: gato, coelho, tartaruga, chinchila, hamster, peixe, furão, pássaro, cão, cavalo e até mesmo animais exóticos como a iguana. O principal animal utilizado é o cão, pois apresenta uma natural afeição pelas pessoas, é facilmente adestrado e capaz de criar respostas positivas ao toque, possuindo grande aceitação por parte das pessoas, o processo da terapia com o uso de animais obtém resultados mais eficientes com os animais que podem ser tocados.
      Os cães utilizados na TAA devem ser especialmente adestrados, ter idade superior a um ano, apresentar bom comportamento, ser sociáveis a estranhos e habituados ao convívio com outros animais. Na prática há preferência pelas raças Yorkshire, Poodle, Labrador, Boxer e Golden Retriever.
       A introdução de animais, dirigida de forma terapêutica, no convívio com crianças e jovens institucionalizados e/ou em situação de abandono pode ajudar a compensar déficits afetivos e estruturais, tanto da personalidade como de habilidades e responsabilidades. Quando se estabelece a relação criança-animal, a criança é capaz de reconhecer o animal como um amigo, de forma a cultivar sentimentos como confiança, cuidado, estima, dentre outros.                    Pesquisadores já demonstraram que a posse de um animal de estimação durante a infância é uma influência extremamente importante para a construção de uma conduta adulta favorável e para alcançar um ótimo desenvolvimento social. A utilização de animais com crianças e adolescentes promove experiências emocionalmente satisfatórias que aumentam sua motivação por aprender, experimentar e explorar, modificando gradualmente seu comportamento.
       A Terapia Assistida por Animais implementada como técnica por profissionais de Terapia Ocupacional visa analisar a situação específica de cada criança e adolescente, objetivando melhorar as atividades de vida diária utilizando o cachorro como meio para se chegar aos hábitos dos humanos, adquirindo hábitos e desenvolvendo o papel de cuidador (higiene e alimentação do cachorro), auxiliando o jovem, de maneira progressiva, a adquirir o sentido de responsabilidade sobre o ser vivo, desenvolvendo a consciência corporal, trabalhando as partes do corpo primeiramente no animal e posteriormente na criança e promovendo interação social por meio do trabalho em grupo. Tudo isso levará à aquisição ou recuperação de habilidades necessárias que facilitam o contato social, estimulando ou recuperando as condutas de auto-cuidado, higiene, auto-estima e incrementando sua capacidade de comunicação social.
       Os Terapeutas Ocupacionais intervêm por meio das ocupações em pessoas afetadas por processos desadaptativos, de diversos tipos, que ameaçam sua saúde, como: enfermidades, traumas ou condições sociais que afetaram sua saúde biológica ou psicológica. Portanto a Terapia Ocupacional é um meio de reorganizar o comportamento ocupacional das pessoas para alcançar os máximos níveis possíveis de saúde e bem estar.
         Sabe-se que, como processo, o desenvolvimento infantil está em constante evolução em virtude dos fatores genéticos, mas devido, sobretudo, às mudanças nas relações do sujeito com o ambiente externo que podem facilitar ou até prejudicar esse processo. Os estudos sobre os aspectos do desenvolvimento infantil, como o sensório-motor, cognitivo, afetivo e social, e as correlações entre as etapas de amadurecimento do sistema nervoso central permitem ao terapeuta ocupacional dominar o conhecimento sobre o processo de desenvolvimento e estabelecer os parâmetros que vão nortear suas práticas com crianças e adolescentes.
       Como já afirmado por Lowenfeld, a fruição da existência e a capacidade de aprendizagem depende do significado e da qualidade das experiências sensoriais. Portanto tocar, cheirar, ver, manipular, saborear, escutar, em fim qualquer forma de perceber o meio e reagir a ele, constroem um conjunto de informações que estimulam a curiosidade, criatividade, cognição e fazem a interação com o mundo exterior mais rica e cheia de significado, sendo de fato a base essencial para aprendermos e nos desenvolvermos, transformando o espaço que nos rodeia, nossas relações com os outros seres e também a nós mesmos. A aquisição e experimentação de todos esses estímulos são possíveis de ser alcançadas mediante a interação homem–animal, numa intervenção terapêutica centrada no contexto ocupacional do indivíduo.
      O atendimento terapêutico ocupacional com o uso da TAA permite a construção de um novo cotidiano, superando os limites da institucionalização, por meio das oportunidades que lhe são oferecidas e clarifica a real importância da pessoa enquanto sujeito na sua complexidade, pois no processo de intervenção, estreitam-se laços de confiança, amizade e afetividade. Sentimentos que a maioria das pessoas que passam por algum processo de institucionalização, são carentes. A partir daí, o profissional possui uma referência e por meio desse vínculo pode trabalhar no sentido de aumentar a auto-estima, as relações interpessoais, a capacidade adaptativa e o desenvolvimento de habilidades, facilitando gradativamente que a pessoa alcance maior independência.
      Levando-se em consideração as políticas públicas brasileiras, o uso da TAA enquanto técnica terapêutica ocupacional vem possibilitar uma diminuição de gastos públicos com patologias físicas ou psíquicas agindo preventivamente à sua instalação ou terapêutica sobre problemas já detectados atingindo uma melhora do estado mais rapidamente, de forma não invasiva e com menos custos.
      Com a conquista desses primeiros resultados com a intervenção, o indivíduo inicia um novo processo de significação enquanto sujeito e uma nova forma de comunicação com o mundo. Com isso, terapeuta e indivíduo buscam alternativas de atividades laborativas para geração de renda, como um objetivo maior ao próprio processo de terapia, construindo, num contexto ocupacional, uma completude na subjetividade do sujeito e formação de sua identidade.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eqüoterapia: Os Efeitos da terapia com cavalos

     Todos conhecem e admiram o valor do cavalo na vida de uma pessoa e o quanto tem sido útil para a evolução da humanidade. O que muitos não sabem é que o contato com esse animal pode também trazer benefícios às pessoas com deficiência, por meio da eqüoterapia.            O cavalo é um animal dócil, de porte e força, que se deixa montar e manusear, transformando-se em um amigo para o praticante, que cria com ele um importante laço afetivo.        Essa relação de confiança e cumplicidade é essencial na sua recuperação, proporcionando ganhos não apenas no aspecto físico como também psicológico, possibilitando à pessoa em terapia uma boa dose de motivação e auto-estima para seguir em frente e alcançar a sua reabilitação.
             A ANDE-Brasil, Associação Nacional de Eqüoterapia, fundada há 17 anos e sediada em Brasília, é responsável pela capacitação nessa área, reconhecendo e ministrando cursos em todo o Brasil. A associação define a eqüoterapia como um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e quitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
            Na eqüoterapia, o animal é o objeto inter-mediador entre o praticante e o terapeuta. O contato com o cavalo propicia melhora na autonomia e independência, além disso, promove a organização e a consciência do corpo, estimula a força muscular, melhora o equilíbrio, a postura e desenvolve a coordenação motora, entre outros.
          Segundo o presidente da ANDE-Brasil, Lélio de Castro Cirillo, os profissionais que atuam na eqüoterapia são especializados em: Fisioterapia, Psicologia, Equitação, Terapia Ocupacional, Pedagogia, Psicopedagogia, Educação Física e Fonoaudiologia, entre outros. Sendo o mínimo para composição de uma equipe: Terapeuta Ocupacional, Fisioterapeuta, Psicólogo e Equitador.

INDICAÇÃO
 
      A eqüoterapia é indicada para crianças e adultos, em diversos casos, como paralisia cerebral, acidente vascular cerebral (derrame), trauma crânio encefálico, lesões medulares, síndromes, autismo, psicoses, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), deficiência visual, deficiência auditiva, fobias, estresse, entre outros.
A terapia só pode ser indicada após avaliação médica, Terapêutica Ocupacional, Psicológica e Fisioterapêutica. As sessões podem ser realizadas em grupo, porém o planejamento e o acompanhamento devem ser individuais.
       É indispensável que o terapeuta conheça a patologia do paciente, o cavalo, as técnicas específicas a empregar nas áreas de saúde, educação e equitação e entenda as necessidades do praticante. Durante toda a sessão, o terapeuta ajuda a estimular a auto confiança, auto-estima, a fala e a linguagem. Promove, ainda, estimulação tátil, orientação espacial e temporal, memória, percepção visual e auditivas, equilíbrio e direção, entre outros.
      Na eqüoterapia são oferecidos quatro programas destinados às diversas necessidades dos praticantes: 
1) A Hipoterapia: um programa de reabilitação para pessoa com deficiência física ou intelectual, que não têm condições para se manter sozinha no cavalo. Necessita, portanto, de auxiliar - guia e auxiliar - lateral, que ficam junto e ao lado do praticante, acompanhados pelo terapeuta, que conduz a execução dos exercicios programados; 
2) A Reeducação eqüestre: um programa de reabilitação ou educativo para quem tem condição de exerxer alguma atuação sobre o cavalo e conduzi-lo; 
3) O Pré-esportivo: um programa de reabilitação ou educativo para quem tem boas condições para atuar e conduzir o cavalo. O praticante pode participar de alguns exercícios de hipismo; 
4) Esportivo: aplicado também como reabilitação e educativo para quem tem boas condições para andar à cavalo, já podendo participar de competições hípicas. Todos os programas contam com a orientação dos profissionais.

O CAVALO E A TERAPIA

      Cada passo completo do cavalo apresenta padrões semelhantes aos de caminhar humano e impõe um deslocamento da cintura pélvica (quadril) da pessoa quando ela está sobre o animal. A primeira manifestação física quando a pessoa anda à cavalo é o ajuste tônico, que se torna rítmico, com o deslocamento do cavalo em cada passo, ou seja, na medida em que o praticante anda à cavalo, há um ajuste natural do corpo, em que o movimento de seu quadril acompanha o ritmo do andar do cavalo. A adaptação a esse ritmo é uma das peças mestras da eqüoterapia.
     O cavalo nunca está totalmente parado. A troca de apoio das patas, o deslocamento da cabeça ao olhar para os lados, as flexões da coluna, o abaixar e alongar do pescoço impõem ao cavaleiro um ajuste no seu comportamento muscular, a fim de responder aos desequilíbrios provocados por esses movimentos. Os deslocamentos da cintura pélvica produzem vibrações que são transmitidas ao cérebro do praticante, via medula, o que já foi apontado ser adequado à saúde, por trazerem reações de “endireitamento” do corpo, ajustando a postura e melhorando seu equilíbrio.
    É preciso um animal especial e adestramento para atuar nessa terapia, chamado de “cavalo-tipo”, com andadura correta. O cavalo é trabalhado para aceitar os comandos de uma pessoa com deficiência. Os cuidados dispensados ao animal são os mesmos relativos aos cuidados básicos de um cavalo comum, com diferenças apenas na alimentação. Em geral, consome alfafa, feno e capim (proteínas), além de uma ração específica com nutrientes necessários para seu bem-estar.
      A segurança física do praticante deve ser uma preocupação constante de toda a equipe, com atenção especial ao comportamento e atitudes habituais do cavalo e às circunstâncias que podem vir a modificá-los. O local das sessões também merece atenção para evitar ruídos anormais que venham assustar os animais.

Paraplegia...Terapia Ocupacional...

  Paraplegia é uma enfermidade provocada por lesão da medula, geralmente desencadeada em consequência de acidentes que ocasionam feridas e contusões sérias; pelo desenvolvimento de tumores e eclosão de infecções. Ela pode ser completa ou incompleta, em virtude da presença ou da ausência do domínio sobre a região lesada e da capacidade de sentir estímulos na esfera periférica, ou seja, no campo inferior à contusão do paciente.
   Normalmente o paraplégico passa a não ter mais o controle e a possibilidade de ter sensações nos membros inferiores, o que lhe impede de se movimentar e complica suas tentativas de se manter sentado. Os traumatismos mais comuns na medula espinhal são provocados por acidentes automobilísticos ou pelos mergulhos em superfícies líquidas não profundas.
      Os danos medulares não permitem que os estímulos voluntários provenientes da região cerebral, e direcionados para os músculos, avancem e atinjam seu alvo, e que haja um retorno da esfera sensorial da cútis ao cérebro. Quanto mais elevada for a contusão na coluna, na região dorsal ou lombar, mais intensa será a perda do domínio sobre os movimentos e as sensações.
      Depois da contusão a musculatura se torna frouxa, pois deixa de recepcionar os impulsos enviados pelo cérebro; desta forma, há uma redução significativa da massa muscular. Ocorrem também espasmos, que provocam agitações involuntárias dos membros, o que constrange muito o paciente e, algumas vezes, dificulta a vivência de um cotidiano normal.
     Outro problema constante é o descontrole dos movimentos da bexiga e do intestino. Isto resulta em emissão automática de urina e de substâncias fecais ou, em outro extremo, a retenção destes elementos. Às vezes este mecanismo acaba desencadeando um surto de infecção urinária.
     Comumente as paraplegias se por fatores inatos; ou reversíveis, quando resultam de uma pressão na medula – neste caso é necessário um procedimento cirúrgico urgente -, de infecções ou de processos degenerativos.
    Sinais importantes que contribuem para detectar a paraplegia são: a impossibilidade de movimentar os membros inferiores; a ausência de sensações e formigamento na região de baixo do organismo físico; e a liberação involuntária de urina. Se ela for apenas um sintoma de outra enfermidade, desaparecerá conforme a doença for tratada.
     Quando o distúrbio for não reversível, o paciente não tem outra saída senão adaptar-se a este contexto. Há várias possibilidades, principalmente com a tecnologia atual, de se transformar a vida de um cadeirante em algo mais confortável e ameno. Ele deve ter uma preocupação constante com a derme, para que as partes mais expostas ao toque do colchão ou da cadeira de rodas não sejam feridas. O ideal é que os paraplégicos usem colchões de água e cadeiras específicas.
     As paraplegias sujeitas à reversão podem ser curadas parcial ou completamente, através de projetos de reparações orgânicas e resgates de funções, que demandam um tratamento longo e integral. Se houver a presença de tumores, eles precisam ser retirados. No caso de infecções, o uso de antibióticos pode ajudar a reverter o quadro.

        Profissionais que podem auxiliar bastante no processo de reabilitação 

    Existem adaptações, algumas confeccionadas por Terapeutas Ocupacionais, que possibilitam maior desempenho funcional e independência da pessoa com deficiência, daí ser fundamental a atuação deste profissional, valorizando e reforçando o potencial funcional dos clientes, assim como orientando o paciente e familiares e/ou cuidadores.  A fisioterapia também é benéfica ao paciente pois terão que ser submetidos a sessões de fisioterapia motora. 
      Os cuidados com a alimentação e ingestão de líquidos também melhoram o funcionamento de intestino e bexiga, permitindo ao doente ter uma prévia de quando irá defecar ou urinar.

Paraplégico consegue se levantar após tratamento com estímulo elétrico 

 
 
    Um ex-jogador de basquete dos Estados Unidos que ficou paraplégico em 2006, depois de ser atropelado, está conseguindo se levantar e se mover. Rob Summers, de 25 anos, foi tratado com estímulos elétricos. Ele comemora o resultado e diz que voltar a ficar em pé sozinho “é uma sensação incrível”. A evolução do quadro de Summers foi divulgada em uma pesquisa publicada no periódico médico “The Lancet”. O ex-atleta, que havia perdido o movimento do tronco para baixo, está movimentando voluntariamente quadris, joelhos, dedos do pé e tornozelos. Com ajuda, consegue andar em uma esteira.
  Os responsáveis pelo estudo, entretanto, dizem que o caso não significa a cura para a paraplegia. Durante o tratamento, Summers teve 16 eletrodos implantados na espinha, e então começou a se esforçar para tentar se mover. Enquanto ele tentava, sinais eletrônicos eram enviados para a espinha. Em poucos dias, os resultados começaram a aparecer.


quinta-feira, 19 de maio de 2011

Terapia Ocupacional e o Pilates com bola

        
        A Terapia ocupacional na reabilitação física nasce do período da segunda guerra mundial, atendendo aos seqüelados de guerra, visando o cuidado aos problemas motores da incapacidade física, tendo como foco da intervenção a reabilitação centrada na patologia, com a finalidade principal de ensinar o paciente a viver dentro dos limites de sua incapacidade. 
         O Terapeuta Ocupacional que trabalha com a reabilitação física, mesmo agindo diretamente sobre o corpo dispõe de recursos e desenvolve procedimentos terapêuticos ocupacionais que atuam também sobre a mente, melhorando a qualidade de vida e independência.        A bola é um dos recursos terapêuticos não exclusivos do TO, e usando algumas técnicas do PILATES COM BOLA, consegue-se ótimos resultados como por exemplo o treino de equilíbrio em pacientes com AVC e paralisia cerebral, a lateralidade, em pacientes com encurtamento muscular, problemas de coluna e diversas outras disfunções.
       Assim, como na Fisioterapia, na Terapia ocupacional o pilates é usado como tratamento cinesiologico e sempre tendo bons resultados. Existe a resolução nº 28/2009 emitida pelo CREFITO-3 (São Paulo) que coloca o método Pilates como sendo do Terapeuta Ocupacional e do Fisioterapeuta, desta forma, está regulamentada nossa atuação neste método.



Terapia Ocupacional na reabilitação cardiovascular

     
    Nos Estados Unidos as doenças cardiovasculares são a principal causa de admissão nos  hospitais. "As doenças do aparelho circulatório são a maior causa de mortalidade no Brasil, sendo responsáveis por 31,5% dos óbitos, especialmente nas faixas etárias a partir dos 50 anos de idade” (CORDEIRO, 2007, p.502).
    O aparelho cardiovascular é o responsável pela distribuição do oxigênio e nutrientes a todos os órgãos do corpo, e qualquer ameaça ou distúrbio instalado que tenha impacto em sua eficiência pode se manifestar na forma de fadiga muscular, dispnéia ou angina no peito, causando disfunções ocupacionais, uma vez que constituem ameaça à disponibilidade de energia para execução de atividades que exijam esforço físico.
   “Um estudo finlandês apontou as doenças cardiovasculares como importantes determinantes de incapacidades e limitações nas atividades, na faixa etária de 65 a 74 anos, constituindo-se em crescente sobrecarga social e de saúde comunitária.” (CORDEIRO, 2007, p.502).
   O terapeuta ocupacional é de importância incalculável para o paciente com moléstia do coração, este avalia e analisa as atividades da vida diária do paciente. Podendo, a seguir, assistir o paciente na modificação dessas atividades, se preciso de forma que possa reassumir aquelas que previamente lhe satisfaziam. Aqueles que passaram por modificações do estilo de vida e moléstias que a ameaçaram, também se beneficiam com a intervenção para auxiliá-los na adaptação psicossocial de sua nova situação. (HUNTLEY, 2005). 
   É extremamente importante que o terapeuta ocupacional tenha compreensão da função normal do sistema cardiovascular, da patologia, dos fatores comuns de risco, das precauções e das técnicas padrão de tratamento para que possa oferecer um cuidado eficaz e promova a recuperação das funções em pessoas com o sistema cardiovascular comprometido.
   O Terapeuta Ocupacional atua no ambiente hospitalar, ambulatorial, domiciliar ou comunitário, independente do diagnostico, necessita levar em consideração os parâmetros clínicos que interferem na morbidade e na mortalidade para realizar sua intervenção. Dentro desses parâmetros destacam-se, as seqüelas já instaladas no sistema cardiovascular e seu impacto funcional, fatores de risco controláveis e não controláveis, o prognóstico do paciente e que ações estão planejadas a curto, médio e longo prazo, a freqüência cardíaca máxima e pressão arterial mínima durante os esforços e a realização de atividades e a presença de depressão e ansiedade.  
    O Terapeuta Ocupacional quando planeja tratar as disfunções ocupacionais relacionadas com as afecções cardiovascular que implicam na instalação de deficiência, incapacidade e desvantagem sociais, deve seguir o modelo da Organização Mundial da Saúde (OMS), que visa estrutura e funções corporais, atividades e participação social. Para traçar seu plano de tratamento o terapeuta em conjunto com a equipe de saúde deve considerações os aspectos orgânicos, psicológicos e sócio familiares do paciente. (CORDEIRO, 2007).
    E sua função na reabilitação cardíaca é aconselhar e educar os pacientes na execução das atividades diária- auto-cuidado, produtivas e lazer. A atividade tem que ser dirigida de forma dinâmica visando o contexto geral e não somente uma técnica para tratar uma doença, mas sim um meio para abordar uma pessoa com dificuldade de funcionar no mundo das relações.     O tratamento inclui avaliar a capacidade do paciente em executar atividades normais, simplificar tarefas e guiar o paciente para retornar as atividades do cotidiano, prescrever equipamentos adaptados, educar o paciente quanto à tolerância a mudança de vida e ao retorno no trabalho, e administração do stress. (CORDEIRO, 1989)

 



 

quarta-feira, 18 de maio de 2011

10 dicas para evitar e controlar a pressão alta

        Dê mais atenção ao que você come e às suas emoções e forme uma barreira contra esse mal.
       A hipertensão arterial ou, simplesmente, pressão alta é gatilho certo para uma série de males – e não só aqueles que envolvem o sistema circulatório. “Normalmente, um paciente com pressão igual ou superior a 140/90mmHg é diagnosticado como hipertenso. São pessoas mais sujeitas a sofrer com falhas no coração, nos rins e até no cérebro” explica o cardiologista Enéas Rocco. (uma dieta balanceada é uma ferramenta poderosa contra a hipertensão).
       A doença é crônica (não tem cura, mas pode ser controlada) e, por isso, é importante fazer exames regulares para detectar como andam seus batimentos cardíacos. Mas atenção: ter pressão alta não é sinônimo de ser hipertenso.

     “Para ser considerado hipertenso, o paciente tem de permanecer com a pressão mais alta do que o normal”, diz o médico. Isso porque, momentaneamente, qualquer pessoa está sujeita a uma variação na freqüência cardíaca. Um esforço físico mais intenso ou momentos de estresse, por exemplo, alteram esses números.
      Algumas atitudes, no entanto, ajudam não só a prevenir o problema como controlam níveis já elevados de pressão. Confira a seguir uma lista delas e imprima uma marca saudável ao seu dia-a-dia (fortaleça seu coração com a ajuda dos alimentos).
 
1. Manutenção do peso ideal

O sobrepeso aumenta e dificulta o esforço do coração para conseguir bombear o sangue. Na prática, o músculo é exigido demais. “Como o bíceps de quem levanta peso, o coração de uma pessoa obesa acaba hipertrofiado” , explica o cardiologista. Com um risco: as lesões causadas pelo esforço excessivo podem se tornar irrecuperáveis.
 
2. Prática de atividade física

Atividades físicas regulares, principalmente as aeróbicas, contribuem para a melhora de todo o sistema circulatório e pulmonar e afastam o risco de pressão alta. Só tome cuidado com os exageros: antes de começar qualquer treino, procure um especialista e faça uma avaliação geral.
 
3. Redução de sal

O excesso de sal na dieta leva à retenção de líquidos, acarretando a hipertensão. Por isso, maneire na hora de temperar a comida e diminua o consumo de enlatados e alimentos em conserva.
 
4. Evitar bebidas alcoólicas

O álcool em grande quantidade é inimigo feroz da pressão sob controle. Corte as bebidas da sua dieta ou consuma com muita moderação.

5. Dieta saudável


Gorduras saudáveis e pouco sal são medidas indispensáveis na dieta de quem quer manter o coração saudável. Inclua ainda muitas frutas, verduras e legumes. Cortar a carne não é preciso, mas dê preferência aos cortes magros como filé mignon e músculo.
 
6. Medicamentos

Se o médico recomendou, não deixe de tomar. Mas nada de sair por aí imitando a receita alheia. Vale lembrar que alguns medicamentos podem elevar a pressão, como os antiiflamatórios e anticoncepcionais, ressalta o cardiologista.

7. Cigarro

O tabaco, em conjunto às outras substâncias tóxicas do cigarro, eleva a pressão imediatamente além de comprometer toda sua saúde. Parar de fumar imediatamente é fundamental , alerta o professor de Cardiologia da Santa Casa de São Paulo, Ronaldo Rosa.

8. Estresse

Ele aparece como resposta do organismo às sobrecargas físicas e emocionais, acarretando a hipertensão e doenças do coração. Controle suas emoções e procure incluir atividades relaxantes na sua rotina.

9. Exames médicos

Avaliações regulares não só ajudam a identificar o problema no começo, facilitando o tratamento, como servem para adequar o uso de medicamentos de forma mais eficaz.
 
10. Medir a pressão

No mínimo uma vez por ano, todas as pessoas devem fazer isso. A recomendação é da Sociedade Brasileira de Hipertensão, que alerta para esse simples exame como uma forma de prevenir problemas mais sérios.