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terça-feira, 24 de maio de 2011

O brincar como recurso terapêutico ocupacional

           

          O brincar é um valioso recurso terapêutico. Em nossa prática diária nos deparamos com crianças com algum tipo de limitação seja ela física, motora ou cognitiva, muitas vezes são crianças privadas de desenvolver sua principal atividade da infância que é o brincar por inúmeros motivos, entre eles superproteção dos pais, exigência para cumprir compromissos incluindo aprendizagem precoce e engajamento em atividades extra-escolares, em classes mais baixas não é difícil encontrar criança submetida ao trabalho infantil para completar o orçamento familiar assumindo assim responsabilidade acima do esperado para sua idade ou até mesmo por os pais desacreditarem de suas crianças achando que não são capazes de realizar essa atividade tão importante que é o brincar.           É através do brincar que a criança irá mostrar suas possibilidades e limitações cabendo ao terapeuta ocupacional avaliar qual tipo de atividade a criança é apta a desenvolver de acordo com sua faixa etária. 
          Utilizamos a forma lúdica de tratar por ser o brinquedo o objeto que mais atrai a atenção da criança sendo a ferramenta utilizada em nossas atividades. Dependendo da proposta apresentada o brinquedo desperta a curiosidade, e estimula a criatividade, a criança é submetida a motivação e ao desafio. Atividades que exijam participação ativa da criança é muito importante para que vivencie diferentes experiências, só que nem sempre a criança é capaz de realizar sozinha atividade necessitando então de estímulo e total monitoramento do terapeuta facilitando de acordo com suas possibilidades.       O brinquedo ajuda no desenvolvimento da aprendizagem, no desenvolvimento da inteligência(estimulando atenção e concentração), no desenvolvimento da linguagem(o contato com diferentes objetos e diferentes situações estimula a linguagem interna e aumenta o vocabulário e o entusiasmo da brincadeira faz com que a linguagem verbal se torne mais fluente e haja maior interesse pelo conhecimento de palavras novas), no desenvolvimento da sociabilidade(brincando, a criança desenvolve seu senso de companheirismo, jogando com companheiros, aprende a conviver, ganhando ou perdendo, procurando entender regras e conseguir uma participação satisfatória).
         Diante do exposto não resta dúvida que a brincadeira é essencial na infância, significa, para a criança, o mesmo que o trabalho representa para o adulto sua principal atividade. 

       Brincar é próprio da criança, não as privem da brincadeira elas precisam dessa vivência pois é o alicerce da sua formação até a idade adulta. A forma, qualidade, quantidade e característica do brincar serão definidos, em função do tempo e do espaço destinado, para a brincadeira acontecer. Faz-se necessário uma compreensão maior de todos os envolvidos na reabilitação da criança sobre este processo para que juntos, profissional, família e sociedade acolham melhor crianças com dificuldade de adaptação ou que por alguma limitação não estejam vivenciando essas experiências tão proveitosas e necessárias ao seu desenvolvimento, pois é pelo fazer (brincar) que a criança entra em contato com o ambiente, explora os objetos do mundo físico, desenvolve nível mental, afetivo e social.
    Vivência do brincar saudável não garantirá que a criança esteja livre de angústias e das mazelas da vida. Mas, certamente, propiciará descobertas, construção e reconstrução de relações; fortalecerá sua crítica, preservando a capacidade de ser criativo e de ser capaz de transpor barreiras e encontrar soluções por isso: ESTIMULE O BRINCAR DO SEU FILHO.

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