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sexta-feira, 20 de maio de 2011

Paraplegia...Terapia Ocupacional...

  Paraplegia é uma enfermidade provocada por lesão da medula, geralmente desencadeada em consequência de acidentes que ocasionam feridas e contusões sérias; pelo desenvolvimento de tumores e eclosão de infecções. Ela pode ser completa ou incompleta, em virtude da presença ou da ausência do domínio sobre a região lesada e da capacidade de sentir estímulos na esfera periférica, ou seja, no campo inferior à contusão do paciente.
   Normalmente o paraplégico passa a não ter mais o controle e a possibilidade de ter sensações nos membros inferiores, o que lhe impede de se movimentar e complica suas tentativas de se manter sentado. Os traumatismos mais comuns na medula espinhal são provocados por acidentes automobilísticos ou pelos mergulhos em superfícies líquidas não profundas.
      Os danos medulares não permitem que os estímulos voluntários provenientes da região cerebral, e direcionados para os músculos, avancem e atinjam seu alvo, e que haja um retorno da esfera sensorial da cútis ao cérebro. Quanto mais elevada for a contusão na coluna, na região dorsal ou lombar, mais intensa será a perda do domínio sobre os movimentos e as sensações.
      Depois da contusão a musculatura se torna frouxa, pois deixa de recepcionar os impulsos enviados pelo cérebro; desta forma, há uma redução significativa da massa muscular. Ocorrem também espasmos, que provocam agitações involuntárias dos membros, o que constrange muito o paciente e, algumas vezes, dificulta a vivência de um cotidiano normal.
     Outro problema constante é o descontrole dos movimentos da bexiga e do intestino. Isto resulta em emissão automática de urina e de substâncias fecais ou, em outro extremo, a retenção destes elementos. Às vezes este mecanismo acaba desencadeando um surto de infecção urinária.
     Comumente as paraplegias se por fatores inatos; ou reversíveis, quando resultam de uma pressão na medula – neste caso é necessário um procedimento cirúrgico urgente -, de infecções ou de processos degenerativos.
    Sinais importantes que contribuem para detectar a paraplegia são: a impossibilidade de movimentar os membros inferiores; a ausência de sensações e formigamento na região de baixo do organismo físico; e a liberação involuntária de urina. Se ela for apenas um sintoma de outra enfermidade, desaparecerá conforme a doença for tratada.
     Quando o distúrbio for não reversível, o paciente não tem outra saída senão adaptar-se a este contexto. Há várias possibilidades, principalmente com a tecnologia atual, de se transformar a vida de um cadeirante em algo mais confortável e ameno. Ele deve ter uma preocupação constante com a derme, para que as partes mais expostas ao toque do colchão ou da cadeira de rodas não sejam feridas. O ideal é que os paraplégicos usem colchões de água e cadeiras específicas.
     As paraplegias sujeitas à reversão podem ser curadas parcial ou completamente, através de projetos de reparações orgânicas e resgates de funções, que demandam um tratamento longo e integral. Se houver a presença de tumores, eles precisam ser retirados. No caso de infecções, o uso de antibióticos pode ajudar a reverter o quadro.

        Profissionais que podem auxiliar bastante no processo de reabilitação 

    Existem adaptações, algumas confeccionadas por Terapeutas Ocupacionais, que possibilitam maior desempenho funcional e independência da pessoa com deficiência, daí ser fundamental a atuação deste profissional, valorizando e reforçando o potencial funcional dos clientes, assim como orientando o paciente e familiares e/ou cuidadores.  A fisioterapia também é benéfica ao paciente pois terão que ser submetidos a sessões de fisioterapia motora. 
      Os cuidados com a alimentação e ingestão de líquidos também melhoram o funcionamento de intestino e bexiga, permitindo ao doente ter uma prévia de quando irá defecar ou urinar.

Paraplégico consegue se levantar após tratamento com estímulo elétrico 

 
 
    Um ex-jogador de basquete dos Estados Unidos que ficou paraplégico em 2006, depois de ser atropelado, está conseguindo se levantar e se mover. Rob Summers, de 25 anos, foi tratado com estímulos elétricos. Ele comemora o resultado e diz que voltar a ficar em pé sozinho “é uma sensação incrível”. A evolução do quadro de Summers foi divulgada em uma pesquisa publicada no periódico médico “The Lancet”. O ex-atleta, que havia perdido o movimento do tronco para baixo, está movimentando voluntariamente quadris, joelhos, dedos do pé e tornozelos. Com ajuda, consegue andar em uma esteira.
  Os responsáveis pelo estudo, entretanto, dizem que o caso não significa a cura para a paraplegia. Durante o tratamento, Summers teve 16 eletrodos implantados na espinha, e então começou a se esforçar para tentar se mover. Enquanto ele tentava, sinais eletrônicos eram enviados para a espinha. Em poucos dias, os resultados começaram a aparecer.


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